Assim que a garota volta para perto das meninas o sinal toca e elas voltam para as salas, comentando a infantilidade das palavras ditas pelo garoto; ela assiste à aula tranqüila, a única coisa que a estava aborrecendo era Vinícius e algumas garotas cochichando e olhando para ela, as aulas acabam e ela conversa um pouco com a professora, arruma as coisas e sai.

Canora volta correndo pra casa fecha todas as cortinas e pega o pequenino baú dourado, o coloca encima da mesa, pega algumas ferramentas do pai e tenta abri-lo. Mas a fechadura continua firme.

- Droga de fechadura! – A menina olha para o item. – Espera cadê a fechadura?

 Ela olha e procura, varias outras maneiras de abrir o baú, mas nenhuma dar certo. Canora fica olhando fixamente o pequeno objeto, E ver algo escrito minusculamente.

 “A sua mente eu posso abrir o meu caminho eu posso seguir, mas para que as portas do destino eu ultrapasse, um pequeno objeto preciso para que me guie”.

 Canora não entende nada do que estar lendo, então pega o baú e o coloca dentro do armário bagunçado embaixo de todo aquele morro de roupas, desce e vai preparar alguma coisa pra comer. Mas ela não deixa de pensar no que leu, passa a tarde toda pensando no enigma, a noite começa a chegar e a escuridão passa a se apossar da casa e, de repente canora da um grito que ecoa por todos os cômodos vazios.

- sim, é isso!

 A menina corre para o seu quarto, abre seu guarda-roupa branco, e começa a jogar todas as roupas no chão ate encontra o pequeno baú, ela o pega e desce ate a sala o coloca encima da mesa ajoelha-se e fala em voz alta:

- Chave, sim é uma chave!

O baú se abre e dentro do baú há uma pequena chave negra, ela olha bem de perto estende a mão na direção da chave, mas hesita, pensa bem no que estar fazendo e pega a chave. Ela olha o objeto de um modo intrigante.

- Por que uma chave estaria trancada dentro de um baú? Por que o enigma? O que deve ter de tão especial essa chave? – Pensa  Canora.

 A noite agora se aproxima mais rápido, a casa fica totalmente escura. Canora nem percebe, mas já passam das 10 horas, ela ficou tão fascinada com aquela chave que nem foi fazer alguma coisa pra comer e subiu logo para dormir, a menina entra em seu quarto, agora escuro, vai para a cama e coloca a chave no criado mudo ao lado, olha por um momento para o teto e começa deleitar-se no saboroso gosto do sono.